terça-feira, 28 de setembro de 2010

Eu disse

Eu disse. Eu disse a você que eu tinha um amor, quem foi que mandou você me desejar? Você sabe...Também adorei o que você gostou e continuo dizendo que a gente podia até continuar.

Mas só que você só me quer pra você e só com você eu não posso ficar, porque minha outra metade na certa vai me procurar. É que esse amor é daqueles pra vida inteira, daqueles difíceis de achar e impossível de perder? Pois é, ela me completa.

Mas você também. Esse seu beijo que me deixa louco, tua pele que não pode tocar a minha que já faz com que eu perca o controle e toda noção de certo e errado. O que a gente tem também é difícil de achar. E eu digo “a gente” porque eu sei que você se sente da mesma forma. Só você querer. Eu quero também. Como com nenhuma outra.

Então por favor, não me julgue ou me odeie. A vida quis assim. Não pedi por ela, nem por você. Mas eu tenho as duas e nada me apavora mais que a idéia de perder uma que seja. Não me faça escolher, não abra mão do que existe entre nós. Porque você sabe que se me fizer escolher, na verdade, já estará fazendo a escolha por mim. A vida é tão curta e sem sentido pra desperdiçarmos o que realmente vale à pena, o que nos faz bem... Pensa um pouco, pensa em todas as coisas que ainda temos pra viver e não vá.

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baseado em Abuso de Poder - Jorge Aragão

domingo, 19 de setembro de 2010

#imagemnação #4




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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Isso que é crise da razão

Caso 1: Pessoa reclama que não acha alguém que queira algo sério e quando tá meio enrolada, mente pra ir solteira num show.

Caso 2: Pessoa diz que odeia gente que fala mal dos outros e me vem com um: "que saia horrível a dela!”

Caso 3: Pessoa vive dizendo que tem alergia a fumaça de cigarro e se apaixona por outra que fuma todos os dias.

Então dá pra saber como as pessoas são pelo que elas dizem? Acho que não.Mas não acuso ninguém.

Tenho uma teoria sobre isso. Vai ver palavras e atitudes se desencontram tanto, não por falta de caráter (se bem que pode até ser isso mesmo, vai saber). É só que nada é estático. As pessoas interagem umas com as outras todos os dias, emitindo opiniões, criando conceitos.

Não seria algo tão incompreensível dizer algo hoje e não acreditar mais nisso um tempo depois.

Outra coisa que pensei, foi que às vezes as pessoas falam coisas, não sobre elas, mas sobre como elas gostariam de ser. Como se verbalizar algo, faça com que se torne real.

Sem falar na impulsividade. Alguém até é centrado e calmo como diz ser, mas um acontecimento pode desestruturá-lo emocionalmente e aí ele "perde a razão" ou "sai de si" chamem como for ele age impulsivamente motivado pela emoção.

Ou pode todo mundo ser hipócrita mesmo. Prefiro pensar que não.

Acho que vou pintar o cabelo... Beijos

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

domingo, 5 de setembro de 2010

Por favor, devolva as cores que você roubou

Acho que a ligação caiu. Liguei de novo, só pra dá boa noite e dormir tranquila. Estava tudo tão bem entre a gente...Estranho, o telefone chamou mais de duas vezes, três, quatro...Desliguei meio confusa. Isso significava que você tinha desligado?

Mas...Tudo bem, o que quer que fosse, o melhor seria deixar passar, provavelmente pela manhã você já estaria melhor e me diria o que tinha acontecido.

Eu esperei. Você passou o dia inteiro em silêncio. No decorrer das horas, fui ficando preocupada. Me peguei recapitulando a nossa última conversa várias vezes, procurando algo que justificasse sua atitude. Nada fazia muito sentido. Foi por que eu fiz charminho na hora de desligar? Por que eu tava meio dramática? Mesmo assim não justificaria, nós dois éramos meio dramáticos às vezes.

Do meio-dia em diante, eu mal conseguia me concentrar em outra coisa. Eu queria ligar, eu queria entender. Passei a aceitar a ideia que pra você já não valia a pena. Direito seu, mas...Por que? Você me devia, no mínimo, uma explicação qualquer.

Foi quando a noite chegou que eu mudei de ideia. Não queria ouvir uma explicação qualquer. O que você dissesse não mudaria nada. Você não queria mais, era simples. Esquematizar justificativas não faria diferença. Então eu resolvi ligar só para acabar de vez com minha angústia.Porque só as palavras podem ser reticentes, casos de amor não. Não pra mim.

Acontece que só me dá o gelo e deixar que eu percebesse o fim por mim mesma não era suficiente, você teve que me ignorar também. Espera, mas...Isso não é justo. Eu liguei de novo. Não consegui acreditar que você realmente me ignorava.Você não tinha mesmo o mínimo de consideração por mim ou pelo que tínhamos vivido? Cada vez que chamava eu me revoltava mais.

Resolvi ir dormir, tentei sem sucesso. Chorei a noite inteira. Sentia raiva de mim por ter ligado. Sentia raiva de ti por não ter atendido. Me entristeceu demais você ter escolhido terminar dessa forma. Botei na minha cabeça que não terminaria assim, sem fim.

Se tem algo que realmente me incomoda são coisas inacabadas ou mal resolvidas. Durante toda minha vida, situações assim voltavam para me assombrar vez ou outra. Como um fantasma que precisa acabar algo que deixou em aberto para poder seguir seu caminho.

Encontraria você o mais rápido possível e não pediria explicações ou faria acusações. Simplesmente diria que não podia permitir que terminasse como você queria. Diria adeus e pegaria meu coração de volta.